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AlwaysChanging's avatar
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Vou fazer uma reflexão sobre as pessoas numa situação um pouco particular mas que quase todos nós já vivemos, usando como base a minha experiência de vida, que não é assim tão longa quanto isso mas tb não é assim tão curta!

Já repararam que normalmente são as pessoas k nós gostamos mais e em que confiamos acima de tudo, que acabam por desiludir e/ou magoar muito profundamente?
Será que é isto o que normalmente chamamos de amor e/ou amizade?
Será que essas pessoas não têm sentimentos?
Será que no lugar do coração não têm nada além de um bloco de gelo que permanece gelado a vida inteira ou então até que alguém lhes faça o mesmo que essas pessoas fazem às outras?

Também já repararam que muitas vezes é nestas alturas em que mais precisamos de alguém que reparamos que afinal estamos praticamente sozinhos?
Não digo que não tenhamos Amigos verdadeiros, mas por alguma razão esses nossos Amigos verdadeiros não podem estar presentes, e quando reparamos estamos sozinhos e perdidos na escuridão em que a nossa vida mergulhou. Isto porque outras pessoas que pensávamos serem nossas amigas afinal revelam o contrário e também elas nos desiludem, porque uma desilusão nunca vem sozinha (deve estar provado cientificamente que desilusões nunca andam sozinhas).
Estas alturas comparo com akele momento em que temos que percorrer uma estrada totalmente escura e deserta num dia de tempestade, em que não vemos o final dessa estrada mas em que só pensamos em uma maneira de sair de lá. Porém por mais que se corra não conseguimos sair de lá, parece que estamos presos naquela realidade, e quanto mais tentamos sair mais difícil se torna!
Será k não existe uma maneira mais simples de sair desta estrada? Será que não existe um local algures que nos proporcione um abrigo onde se possa ficar até a tempestade passar e a estrada ficar mais iluminada de modo a que já consigamos ver o fim dela? A resposta é NÃO!
Por muito que nos custe este é o único caminho que temos disponível neste momento, e demore o tempo que demorar sei que temos que o percorrer até ao fim, afinal não é a 1ª vez que percorro tal caminho e sei que também não vai ser a última (gostava de estar enganado e que esta fosse a última vez, mas ia estar a iludir-me). Mas existem pessoas que nos obrigam a percorrer esse caminho, não olham a nada para atingir os seus objectivos, nem que para isso seja preciso “ferir de morte” outras pessoas.
Mas é engraçado como essas pessoas acabam por sempre ser as pessoas que são consideradas vitimas e que supostamente sofrem muito, quando é exactamente o contrário.
Que fazer em relação a essas pessoas?
Tentar desmascara-las está fora de questão, porque elas acabam por dar sempre a volta e usar, o que nós sabemos que é verdade pela experiência que vivemos, para colocarem outras pessoas contra nós dizendo que nós as estamos a prejudicar e a inventar histórias sobre elas, resumindo fazem-se de vitimas!
Ora que outras opções nos restam? Praticamente nenhuma, para além de lhes dar desprezo e não as deixar assumir protagonismo nenhum na nossa vida, que afinal é do que essas pessoas vivem. Neste momento devem estar a perguntar algo do género: “Mas essas pessoas fazem-nos passar por uma fase muito má na nossa vida e vamos deixar que saiam impunes?”.
O que é pior para uma pessoa além do desprezo e indiferença? Nada! Nem mesmo o ódio, porque ter ódio por alguém é dar importância a essa pessoa e para odiar alguém é preciso pensar nesse alguém, ou seja, estamos a usar o “lugar” de outra pessoa, que pode vir a ser uma pessoa muito importante para nós, com esse alguém que já não merece nada da nossa parte.

Conclusões a tirar disto tudo?
Por muito que tentemos ter cuidado vamos sempre sofrer várias vezes antes de conseguirmos algo que se assemelha à felicidade, mas também só assim damos valor à felicidade!
É nestas alturas que descobrimos a verdadeira natureza das pessoas que nos rodeiam, se são nossos amigos só quando estamos bem e não precisamos de apoio, ou se são daquelas pessoas que quando chega a altura em que precisamos delas elas dizem “presente” e nos ajudam, esses sim são os nossos verdadeiros Amigos!
Há fases na vida em que temos que ser fortes e superar a escuridão que se encontra a nossa frente, para depois apreciarmos a beleza da luz.
Existem pessoas que não merecem, que tenhamos qualquer sentimento por elas (nem mesmo ódio).
Resta-me apenas dizer para nunca fazerem aos outros aquilo que não querem que façam a vocês, porque mais tarde ou mais cedo o que se faz aos outros vai reflectir-se na nossa vida e podemos mesmo vir a sofrer muito mais do que fizemos sofrer!
Um texto escrito por mim já a algum tempo e que decidi partilhar aqui.

Eu sei que o texto é longo, por isso compreendo que possa ser um pouco chato de ser lido.
© 2008 - 2024 AlwaysChanging
Comments12
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She-Rocks's avatar
Muito bom texto e pensamentos vindos da alma. Gostei!

Posso ter demorado um bocado a ler o texto até ao fim, mas o que é certo, tudo o que se trata sobre o comportamento/atitude/acção do ser humano dá para falar dias e dias e escrever milhares de livros, textos e desabafar muito...

Relativamente a este assunto - pessoas - demoraria longos e árduos dias a falar, pelo que não posso despejar o meu testamento aqui, contudo há algumas ideias que quero partilhar:

1) Há vários tipos de pessoas:
a) as conhecidas de vista
b) as que fazem-se de amigas por interesse
c) os colegas
d) as pessoas com quem nos damos bem
e) as pessoas que gostam de nós
f) as pessoas que gostam de nós e com quem nos relacionamos bem
g) as pessoas que gostam de nós, mas com quem nos damos mal
h) as pessoas que não gostam de nós
i) as pessoas com quem nos damos mal
j) as pessoas que não querem mal
...

2) Não existe amigos a 100%, existem momentos de amizade.

3) A confiança é algo que não deve ser dada de bandeja mas que deve ser conquistada gradualmente.

4) O ser vivo mais perigoso não é o animal selvagem, mas sim o o pró;prio Homem.

5) O ser humano está constantemente a contradizer-se, critica as atitudes dos outros, mas a verdade é que por vezes cai e comete o mesmo "erro".

6) Mais vale estarmos sozinhos do que mal acompanhados.

7) Embora pensemos que conhecemos bem o próximo, esse pode-nos pregar partidas que não estamos preparados e concluímos que nem tudo conheciamos e que estavamos enganados acerca dessa pessoa.

8) Entre ficar sozinho e mal acompanhado, é preferível ficarmos sozinhos.

9) Entre desabafar com alguém que pensamos que seja de confiança e não desabafar, é preferível desabafar com alguém que nos entende- o nosso diário/ bloco de pensamentos.

10) O ser humano é deveras complexo para ser entendido, contudo, se o observarmo-lo bem e conhecermos o seu modo de pensar, ele é bastante previsível.